



Nenhuma atividade no bem é insignificante...
As mais altas árvores são oriundas
de minúsculas sementes.
Chico Xavier
Onde acontece
LARGO DA SANTA RITA
Antiga Cadeia, hoje sede do IHAP
sede
MERCADO DE PEIXE
MERCADO DO PRODUTOR RURAL
CIRCUITO GASTRONÔMICO
NOS RESTAURANTES
O que acontece
AULA SHOW
PALESTRAS
RODAS DE CONVERSA
MÚSICA
VIDEOMAPPING
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O mês de novembro chega temperado com o Festival Gastronômico de Paraty, que acontecerá de maneira híbrida (tanto presencialmente quanto online), do dia 5 a 7.
Com aulas, rodas de conversa e palestras, com chefs locais e convidados, além de lives de chefs da cena gastronômica do país, bem como outros profissionais do setor, o FGP21 promete coroar o fim do ano com muita conversa e comida boa!
Para esta edição, o tema é “Sementes”, inspirada na clássica frase de que “o homem não se vive só de pão”.
Poucas coisas na Terra são tão milagrosas e vitais como as sementes e além de fazerem culturas prosperarem, perduram até hoje muitos dos pratos típicos e tradições da semente como ingredientes de pratos ao redor do mundo.
Neste ano, os visitantes contam com aulas em locais privilegiados, como o mercado de peixe, feira da agricultura familiar e a antiga cadeia do icônico Largo da Santa Rita.
O destaque desta edição é o fortalecimento da relação entre produtores locais, chefs de cozinha e o público.
O Festival Gastronômico
v
na cidade criativa da gastronomia e
patrimônio mundial UNESCO


o tema
SEMENTES
A clássica frase de que o homem não vive só de pão contém mitos e verdades.
De fato, não é por causa do pão que perduramos na evolução até os dias atuais; mas também não é mentira que o pão seja grande parte de nossa história evolutiva.
De acordo com os cientistas, sem isso, haveriam menos de nós aqui. “Isso” é tido como a Revolução Neolítica, onde o homem deixou de ser apenas caçador-coletor e entendeu a agricultura como estratégia de sobrevivência aos períodos mais frios – semear. Poucas coisas na Terra são tão milagrosas e vitais como as sementes.
É no processo de assentamento que o ser humano se vê pequeno, debaixo da terra, aguardando ser regado, podado, cuidado, colhido, multiplicado, fundido, evoluído. E é também através desse processo que o alimento se torna uma forte fonte de socialização.
São nos assentamentos coletivos, as vilas, tribos e escambos que as primeiras estruturas sociais se concretizam.
Nos banquetes coletivos, na troca de sementes e produtos, no partilhamento: não só como alimento, mas como alimentado.
Perduram até hoje muitos pratos típicos e tradições da semente e terra como preparo da refeição.
A América Latina e a África, por exemplo, são formadas por grandes comunidades que mantém formas de preparo no solo, fogueira, milho, feijão, trigo, água, ferro, fogo, pesca, cultivo.
E o que é o Brasil/Paraty se não uma junção de tudo o que já fomos para tudo o que somos e seremos? É na fome que nos vemos múltiplos. É na espera que nos vemos grandes.
E é nessa crendice de que da semente viemos e à semente voltaremos que produzimos o Festival Gastronômico de Paraty de 2021.

v
O Polo Gastronômico de Paraty é uma associação sem fins lucrativos instituída em 2010.
É formado por empresas e empreendimentos do setor de gastronomia, lazer, bares e afins com o objetivo de fomentar a cultura e a identidade gastronômica de Paraty, proporcionando experiências singulares, com valorização da sustentabilidade social, econômica e ambiental.
Seus associados são referência em gastronomia de qualidade e excelência de atendimento.

polo gastronômico
de paraty
Como foi o FGP 2019/2020
2019 PANCS
Cada ano, um tema é eleito como fio condutor em todas as ações do Festival. Em 2019, as PANCS (Plantas Alimentícias Não-Convencionais), e o resgate de técnicas culinárias tradicionais ganham destaque, com a curadoria de Jorge Ferreira.
Filho de agricultores, botânico, naturalista e especialista em reconhecimento de plantas e cogumelos da Mata Atlântica, Jorge Ferreira foi criado em Paraty, e sempre trabalhou priorizando a sustentabilidade e a relação harmoniosa com a natureza.
Com forte experiência em planejamentos, implantação e manejo agroflorestal, Jorge estuda há mais de 10 anos botânica prática, taxonomia, pesquisa de plantas nativas, frutífera e plantas alimentícias não-convencionais com foco na gastronomia.
2020 RAÍZES
A arqueologia mostra que os grupos indígenas modernos se formaram no Brasil em torno de 500 anos atrás, perto de Santarém, no Pará.
Dali eles migraram e ocuparam o país todo.
Um braço, formado pelos Tupinambás, que atravessou o litoral e chegou por volta do ano 800 onde hoje é o Rio de Janeiro. Eles cultivavam a mandioca.
Outro braço, composto pelos Guaranis, veio beirando a Cordilheira dos Andes e chegou a São Paulo por volta do ano 1000. Esses plantavam o milho. Assim se formaram duas culinárias completamente distintas, e assim o Brasil se forma, baseado nesses dois amidos.
A antiga cozinha mineira, paulista, do Centro-Oeste, era toda baseada no milho dos Guaranis.
Não podemos esquecer que a farinha de milho é o alimento que sustenta a conquista do sertão brasileiro pelos portugueses.
Nas bandeiras, os indígenas iam na frente para plantar o milho, que servia de alimento para os bandeirantes.
Até o século 19 havia uma culinária popular rural baseada no milho, na mandioca, no feijão, na abóbora e na carne seca, essa era a base da culinária brasileira, com exceção da região amazônica, cuja base era o peixe e a mandioca.
É importante frisar que estamos falando da culinária popular, e esse foi o caminho, que influenciou o Festival Gastronômico de Paraty 2020.
